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Remuneração por produtividade




O conceito de produtividade tem sido fundamental no ambiente corporativo brasileiro desde meados do século XX. Entre 1965 e 1980, o crescimento da produtividade agregada no país foi expressivo, contrastando com a estagnação observada nos períodos subsequentes. A partir dos anos 80, a adoção de novas tecnologias e a busca por melhorias internas impulsionaram o aumento da produtividade nas organizações. 


Um dos aspectos mais relevantes da produtividade é a sua relação com a remuneração. A legislação trabalhista brasileira, especificamente o artigo 78 da CLT, estabelece as diretrizes para a remuneração por produtividade, garantindo os direitos dos trabalhadores e orientando as empresas. De forma resumida, o artigo permite que a remuneração seja composta por uma parte fixa (salário base) e outra variável, diretamente ligada à produtividade individual ou em equipe. A parte variável deve ser definida pela empresa, desde que respeite o salário mínimo da categoria. 


Qual a melhor forma de calcular a remuneração por produtividade? 

Para responder a essa pergunta, vamos considerar o exemplo de um centro de distribuição. Nesses ambientes, as atividades diárias incluem receber, armazenar, separar, conferir e carregar produtos. Cada uma dessas etapas exige um esforço específico da equipe e pode ocupar diferentes períodos da jornada de trabalho. 

O cálculo da remuneração por produtividade nesse contexto exige um conhecimento profundo do fluxo operacional. É preciso coletar dados sobre as movimentações de produtos, como o número de caixas, unidades e paletes manipulados. Com essas informações, é possível realizar simulações e definir uma média de ganho por atividade. É importante que a diretoria da empresa defina um orçamento específico para a remuneração variável, estabelecendo um limite para os pagamentos. 


Por que acompanhar a produtividade por caixas, unidades e paletes? 

Ao acompanhar a produtividade por meio de indicadores como caixas, unidades e paletes, é possível garantir uma avaliação mais justa e precisa do desempenho dos colaboradores. Indicadores como visitas, linhas e apanhas podem levar a distorções, pois não consideram o volume real de trabalho realizado. Por exemplo, uma única ordem de serviço pode envolver a coleta de várias caixas, mas apenas uma visita é registrada. 

A remuneração por produtividade, quando bem estruturada, pode ser uma ferramenta poderosa para aumentar a motivação dos colaboradores e a eficiência das operações. Ao acompanhar a produtividade por meio de indicadores precisos e transparentes, as empresas garantem a equidade entre os funcionários e incentivam o alcance de melhores resultados. 


Recomendações adicionais: 

  • Estabeleça metas claras e desafiadoras: Defina metas de produtividade específicas para cada equipe ou colaborador, levando em consideração as características de cada atividade. 

  • Utilize ferramentas tecnológicas: Adote sistemas de gestão que permitam o acompanhamento em tempo real da produtividade e a geração de relatórios detalhados. 

  • Incentive o trabalho em equipe: Promova a colaboração entre os colaboradores e celebre as conquistas em conjunto. 

  • Revise periodicamente o sistema de remuneração: Avalie regularmente a eficácia do sistema e faça os ajustes necessários para garantir que ele continue motivando os colaboradores e alinhado aos objetivos da empresa. 

Ao seguir essas recomendações, as empresas podem implementar um sistema de remuneração por produtividade eficaz e justo, contribuindo para o sucesso do negócio. 



Douglas Renato da Silva 

Coordenador de Projetos 

ABGroup Desenvolvimento de Negócios 

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